quinta-feira, 15 de abril de 2010

Principie Pequeno

Nossa outro dia vi uma peça de teatro infantil, “o Pequeno Príncipe”... Não tive idéia do quanto havia me tocado conhecer aquela famosa história.
Como um personagem poderia passar tanto conhecimento, ser tão puro e ao mesmo tempo descobrir o mundo, as pessoas e todas as coisas e suas relações, e ainda conseguir seguir seu coração em varias realidades distintas. Descobri que o homem tem poder de criar e fazer coisas incríveis, mas também pode ser o mais cruel dos predadores, um predador de sonhos, olhei para aqueles personagens como se eu mesmo vivesse aquela realidade, descobri que crianças são pequenos em seus tamanhos mas podem ser grandes em seus sonhos, e nos não temos o direito de tirar isso delas... Quando dizemos que uma criança não é capaz estamos fazendo isso, destruindo talvez, o que seria um realização, ou um bem maior, quem sabe?
Percebi que realmente somos “eternamente responsáveis pelo que cativamos” e que definitivamente “o essencial é invisível aos olhos”... Eu tenho uma amiga, na qual considero muito que é muito sensível,l carinhosa e dona de um coração gigantesco que vivia repetindo essas frases, principalmente que por eu a ter cativado estaria preso para sempre em pensamento, e que quando algo me lembrasse ela eu deveria sorrir e dizer que valeu a pena o tempo que passamos juntos, afinal um pouco dela viveria em mim e um pouco de mim viveria com ela para sempre, e que assim seria com todas as pessoas que nos cativassem. Confesso que na época não estava preparado para entender o quanto isso é grande, não tinha a grandeza no espírito para perceber que quem era pequeno era o meu eu, meu mundo, assim como o planeta do pequeno príncipe em que só cabia uma única flor, uma cerca e um carneiro.
Foi como se eu me olhasse no espelho e enxergasse o homem que eu sou e comparasse com o homem que eu achei que eu era, e nossa... quanta diferença encontrei nos dois homens que vi, um, o que eu pensei que fosse, era quase perfeito e quase nunca errava, não magoava os outros e se orgulhava por não ter inimigos, o outro, que eu via no espelho, era egoísta e achava que o mundo girava entrono do seu umbigo, vivia magoando os outros por não querer enxergar que as outras pessoas também tem sentimentos, também amam e esperam mais de alguém que não esta pronto.
Bom agora que acabei percebendo isso não posso permanecer omisso, devo fazer a minha própria viagem, conhecer o mundo com outros olhos, perceber as cores, abrir o coração para o que é bom, chega de futilidades e mentiras que não nos levam a lugar nenhum a não ser asas sujas de negro, vou tentar enxerga o outro que luta comigo lado a lado como um amigo e não um concorrente, e assim como na viagem do pequeno príncipe fazer amigos, aprender a confiar nas pessoas mesmo sabendo que elas não me querem bem só por também esperar mais delas, fazer o bem, construir sonhos e no fim perceber que o amor esta na minha casa, sempre dentro de mim, onde quer que eu tenha ido...e que não importa o destino se durante o caminho não tiver aprendido nada...