quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Analogias extremas!

A tristeza é um copo vazio em uma mesa de bar, com um homem apunhalado pela amargura de sua própria vida a empunhar um cigarro corrompido pela falta de amor próprio. Sentindo que o mundo o abandonou e que as pessoas que lhe são caras não mais o notam, ele se afoga mais e mais em um imenso mundo triste e sem vida, ele tenta gritar e dizer que está ali, mas tudo não passa de um vão esforço, por mais que ele tente aquela velha amiga não o deixa e ainda vem acompanhada de um vazio que cresce a cada dia.

Não, ele não acredita mais em compaixão ou força de vontade e faria qualquer coisa para eliminar aquela tristeza e aquele vazio dilacerante.

Pensando em sua vida e revendo seus erros, aliás, coisa que quando esta sóbrio faz com freqüência e acaba por dar mais força para suas velhas e inseparáveis inimigas, clama por outra chance talvez faria tudo diferente, ou repetiria os mesmos erros mas com mais cautela... O pior é saber que tudo o que vive é fruto de todas as coisas ruins que já praticou contra ele mesmo ou outras pessoas, saber que já teve tudo nas mãos e que agora não é mais merecedor de um lugar ao sol, até que prove outra vez seu valor perante a lei de causa e efeito...

E mais uma vez ali esta ele, diante daquela tristeza, mas desta vez o copo esta cheio, e outra vez ele tem que decidir se o esvazia ou se o deixa cheio e vai embora dali, mas como se diz, a carne é fraca e momentaneamente o corpo se enche de energia, o cérebro trabalha uma incondizente sensação de felicidade, onde tudo esta certo e acima de tudo seu coração esta em paz com ele mesmo.

Sem que ele perceba em troca daquela sensação de paz, ele oferece sua família, sua casa e seus amores, ele troca tudo que conhece, seu mundo pela sua liberdade por voar cada vez mais alto, sabe que não durará muito, que um dia suas asas seriam cortadas e ele teria que aprender a andar como humanos normalmente fazem, em sua cabeça uma pergunta, o que será de mim após essa tormenta?.

Pessoas tentam o ajudar, mas seu orgulho não permite que os vejam... que eles o toquem... Quando abre os olhos, não vê nada, nem ninguém, apenas uma triste realidade, todos aqueles que partilharam da mesma vida que ele não podem fazer nada, ou simplesmente não ligam, e aquele que caíram assim como ele, e que já tentaram o ajuda já se cansaram dele e de seu orgulho.

E quando já não mais havia força para lutar ele percebe que apenas um dentre todos do mundo realmente o viu como um homem, que possui desejos, vontades e que acima de tudo erra como qualquer homem... Esse mesmo “um” entendeu o tamanho da sua dor e o imenso vazio que jorrava do seu coração.

Esse “um” fez-se presente desde o primeiro indicio de vicio e de queda, mas cego para as verdades da alma, nosso companheiro não percebeu que estava recebendo a maior ajuda de todos...
Foi então que esse que foi o seu primeiro e ultimo ajudante se virou e disse:
...”Vinde a mim voz que sois aflitos e eu aplacarei a vossa angustia”... e mais tarde:
...”Eu sou o caminho, a verdade e a vida, e ninguém vai ao pai se não por mim”...

Foi então que o nosso guerreiro, já aflito e sem armas para lutar percebeu que nosso amado mestre Jesus de Nazaré, jamais o deixou sozinho, e quando ele achava que estava tudo muito ruim, e que ele não iria dar conta e que todos os abandonaram, percebeu que as pegadas na caminhada não eram dele, e sim do grandioso mestre, que em sinal de amor o carregou no colo, para que suportasse a dor que ele mesmo causou.

Sempre confiem e amem Deus e o nosso grande mestre Jesus, e todas as outras coisas vos serão dadas...

Abraços e fiquem com Deus!!

Cris